neon de 1,5m x 1,5m
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Uma das propriedades da teoria dos sistemas, o axioma “o todo é mais do que a soma das partes” remonta a Aristóteles e atravessa vigente, da Gestalt à teoria da complexidade.
Fernando Velázquez (Montevidéu – Uruguai, 1970) é artista multidisciplinar. Suas obras incluem vídeos, instalações e objetos interativos, e performances audiovisuais. Mestre em Moda, Cultura e Arte pelo Senac-SP, participa de exposições no Brasil e no exterior com destaque para a Emoção Art.ficial Bienal de Arte e Tecnologia (Brasil, 2012), Bienal de Cerveira (Portugal, 2013 e 2011), Mapping Festival (Suiça, 2011), WRO Biennale (Polônia 2011), On_off (Brasil, 2011), Bienal do Mercosul (Brasil, 2009), Bienal de Tessalônica (Grécia, 2009), Bienal Ventosul (2009), e o Pocket Film Festival no Centro Pompidou (Paris, 2007). Obteve dentre outros o Premio Sergio Motta de Arte e Tecnologia (Brasil, 2009), Mídias Locativas Arte.Mov (Brasil, 2008), “2008, Culturas” e o Vida Artificial (ambos na Espanha, 2008). Foi curador do Motomix 2007, Papermind Brasil, Dorkbot São Paulo e do Projeto !wr?. Professor da PUC_SP, vive e trabalha em São Paulo.
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Videoinstalação com projeção, 11’20″
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Acompanhado pelo solene hino Miserere Mei, Deus, de Gregorio Allegri, a única cena que vemos é um par de portas duplas automáticas no Aeroporto London City, no portão internacional de chegada, pelo qual se pode adentrar no Reino Unido. Os viajantes caminham em direção ao espectador e não sabem que estão sendo filmados. Utilizando o recurso de slow motion, o vídeo preenche cada movimento com significados adicionais, demarcando a abertura automática das portas, como se fosse a mão de Deus. O desvanecimento da imagem reforça a ideia de um céu almejado, o Reino, onde cada chegada é também uma partida, e vice-versa.
MARK WALLINGER
Chigwell – Inglaterra, 1959
Vive em Londres, Inglaterra.
Pintor, escultor e videoartista. Na metade da década de 1980, seu trabalho passou a lidar com as tradições e valores da sociedade britânica, seu sistema de classes e religião organizada. A variedade de abordagens que adota, reflete seu desejo de destacar suas raízes em uma tradição de pensamento de esquerda inglês. No início dos anos 1990, seu entusiasmo pessoal por corrida de cavalos tornou-se um tema pelo qual explorou questões de propriedade e pedigree. No fim da mesma década, redirecionou seu foco para questionar a institucionalização da religião e da espiritualidade. O ceticismo e a irreverência do seu trabalho, típicos de sua abordagem bem-humorada, foram minimizados posteriormente em uma escultura pública autorizada para o quarto plinto da Trafalgar Square: Ecce Homo (1999). Próximo à borda do plinto de pedra maciça, Wallinger colocou um molde em tamanho real de um jovem homem que representa Cristo sendo apresentado por Poncio Pilatos aos judeus. Esse trabalho sugeriu relevância contemporânea a temas de sofrimento e redenção, e um apelo à tolerância racial e religiosa. Wallinger estudou em Londres, na Chelsea School of Art (1978–81) e no Goldsmiths College (1983–85) e foi selecionado para o Turner Prize, em 1995.
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Performance
Apresentação: dia 27/07 de 13h às 17h na arena do espaço expositivo
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“Então ele loucamente abriu a janela e viu o óbvio: seu corpo estava partido“.
Performance em 3 movimentos.
Contornos, fora, dentro, identidade/alteridade, Frankenstein, relação, afeto, singularidade. O corpo imaginado e construído a partir dos objetos dos outros, da necessidade, do artificio. A marca, o traço. Carregamos objetos imprescindíveis, fúteis, excedentes, escancarados, secretos, representações e projeções de uma arqueologia humana contida em coisas que se acumulam, se esgotam, outras sem prazo de validade. Na inquietude da existência, naquilo que nos escapa e constitui, pretendemos também definir o outro.
Grupo de Estudos e Criação em Performance/Live Art
O grupo de criação em performance e live/art tem o ojetivo de aprofundar os questionamentos acerca da linguagem da performance, partindo dos estudos, das materialidades e imaterialidades, cênicas e existenciais que surgem nos seus encontros. A partir dos desdobramentos teóricos e práticos da pesquisa e criação, procuram formas de constituir um coletivo heterogêneo que abarque as singularidades do indivíduo. A estrutura do grupo é aberta e flutuante, de acordo com as possibilidades de cada um.
Participantes: Angela Adriana, Carlos Andres Gutierrez, Jacqueline Mazuchelli, Jessica Ferraz, Leandro Rossato, Lucimara Amorim, Maiko Sabino, Maria Tereza de Castro Piedade, Mariane Miguel, Marilia Simões, Pamela Regina, Paulo Dersu, Rubya Caroline, Suzie Becker.
Concepção e direção: Elisa Band
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Instalação sonora com transmissor de rádio de curto alcance e 3 rádios a pilha com fone de ouvido
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Uma micro rádio que coloca alguns movimentos sociais em uma mesma frequência de sintonia, buscando dar voz e visibilidade a lutas pouco discutidas ou veiculadas nos canais de comunicação tradicionais.
Bruno Vilela
São Paulo, Brasil
Vive e trabalha em Belo Horizonte
trabalha como artista visual, fotógrafo, vídeo artista e coordenador de projetos. É Idealizador e coordenador do FIF BH – Festival Internacional de Fotografia de Belo Horizonte, do EXA – Espaço Experimental de Arte, do projeto Muros: Territórios compartilhados, da Rede Artéria, da Maratona Fotográfica Z/L – BH entre outros. Trabalhou na ONG Oficina de Imagens entre 2004 e 2013 com projetos culturais e sociais.
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Instalação – intervenção com linha, corda e roupas doadas costuradas entre si
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Varal foi pensado como uma intervenção urbana a partir dos varais espontaneamente montados por moradores do bairro de Santo Amaro, no Recife, que se apropriam do espaço urbano para secar suas roupas, com intuito basicamente funcional. A obra Varal já foi montada cruzando parques, ruas ou rios em Recife, Olinda, Vitória, Rio de Janeiro (Paço Imperial e Morro Babilônia) São Paulo (Av. Paulista e Parque Ibirapuera) e também em cidades na França, Alemanha e Estados Unidos. Através da inserção de elementos de uso comum no espaço aéreo, Varal modifica temporariamente a paisagem da cidade, sugerindo significados diferentes dependendo do local.
LOURIVAL CUQUINHA
Olinda, PE – Brasil, 1975
Vive em São Paulo, Brasil.
Atua nas áreas de artes plásticas, audiovisual (fotografia, cinema e vídeo) e intervenção urbana. Seu trabalho atinge o campo político, geralmente partindo de impressões estritas e pessoais. Participa de exposições nacionais e internacionais, com trabalhos caracterizados pela interatividade e pelo diálogo com o público no meio urbano. Sua obra constantemente reflete pensamentos sobre a liberdade do indivíduo e o controle que a sociedade e a cultura exercem sobre ele, assim como o controle exercido pelas instituições sobre a liberdade da arte. Percorrendo um arco que possui inflexões políticas e força poética, a obra do artista surge como local de provocação e nos leva a pensar sobre o lugar que a arte pode ocupar nas negociações pelo exercício da liberdade. Cuquinha é mestre em cinema pela University of Wales e cursou engenharia química, filosofia, direito e história (não concluídos) na Universidade Federal de Pernambuco.
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Instalação – 2500 figuras de metal pintadas à mão
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A indústria dos soldadinhos de chumbo atingiu seu pico entre as duas grandes guerras mundiais, enquanto o Oriente Médio passava por um processo de redefinição de fronteiras. Antes do período moderno, somente crianças de lares nobres tinham a possibilidade de brincar com esses soldados. Naquele tempo, os filhos da realeza ganhavam de presente conjuntos requintados desses brinquedos como uma maneira de prepará-los para o futuro. Exércitos contemporâneos do Oriente Médio ainda são reproduzidos em conjuntos de soldados de brinquedo. Tin Soldiers é uma representação de nove exércitos envolvidos ou sujeitos a atos de guerra no Oriente Médio de hoje (Egito, Irã, Iraque, Israel, Jordânia, Líbano, Palestina, Síria e Turquia). O trabalho foi produzido no contexto da 12ª Bienal de Istambul (2011) e Home Works 5’, Ashkal Alwan, Beirute, 2010.
ALA YOUNIS
1974
Vive em Amã, Jordânia.
Trabalhando com vídeo, instalação e projetos baseados em publicações, Ala Younis analisa como a identidade e o modernismo árabes são moldados pela ideologia e a política. Seus projetos começam com objetos e imagens encontrados, que a princípio parecem estranhos ou intrigantes. Como uma pesquisadora meticulosa, suas narrativas se dão em storyboards sofisticados, construídos a partir de material de arquivo. Alguns profundamente íntimos, enquanto outros assumem um caráter icônico. Suas exposições recentes incluem a 9ª Bienal de Gwangju (2012); The New Museum Triennial (2012); Tea with Nefertiti no Mathaf, Institut du Monde Arabe e Instituto Valenciano de Arte Moderna (2012-13); a 12ª Bienal de Istambul (2011); Home Works ‘5, Beirute (2010); e PhotoCairo 4 no The Contemporary Image Collective, no Cairo.
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Instalação – vídeo 7′
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O gesto da massa: uma multidão correndo em direção à comida. O movimento é quase imperceptível, mas feroz. Tristeza, decepção e impotência. A lógica da sobrevivência não está relacionada com a fome, mas com medo e desespero. Uma espécie de carnaval vigiado, onde os pobres ventilam sua raiva mais contida, em um território habitado pela alienação. Em Multitud, Gabriela Golder reutiliza imagens gravadas pela mídia durante o saque de 2001 na Argentina. São sequências exibidas repetidamente na televisão durante o período da crise: um grupo de pessoas que corre em direção à comida jogada de um caminhão. O trabalho mostra um processo utilizado por Gabriela em alguns de seus vídeos: a desaceleração das tomadas, um recurso que evidencia uma “coreografia” de movimentos humanos exasperados – como numa pintura de Goya, cada personagem desempenhando um papel.
GABRIELA GOLDER
Buenos Aires – Argentina, 1971
Vive em Buenos Aires.
Artista visual, curadora independente, professora e codiretora da Bienal da Imagem em Movimento (BIM), Golder trabalha com cinema, vídeo e instalações. Suas obras trazem fundamentalmente questões relacionadas à memória, à identidade e ao mundo do trabalho. Entre suas exposições mais recentes estão: Panoramas do Sul, Videobrasil, São Paulo, Brasil (2013); Monitoring, Kassel, Alemanha (2013); e Women Commentators, Center for Contemporary Art Ujazdowski Castle, Varsóvia, Polônia (2013). Entre os prêmios que recebeu estão o Luis Espinal – Mostra CineTrabalho, Brasil (2011) e o Sigwart Blum, da Associação de Críticos de Arte da Argentina (2007).
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Videodocumentação de uma ação. Em colaboração com Rafael Ortega and Cuauhtémoc Medina. Projeção single-channel com som
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Durante um evento produzido no Peru, em abril de 2002, 500 voluntários receberam pás e formaram uma fila única para deslocar uma duna de areia de 500 m de altura a 10 cm de sua posição original.
FRANCIS ALŸS
Antuérpia – Bélgica, 1959
Vive na Cidade do México, México.
Formado em arquitetura e urbanismo, Alÿs mudou-se para o México em 1986 para trabalhar com ONGs locais. Em 1990, entrou para o campo das artes visuais. Sua prática abrange múltiplas mídias, de pintura e desenho a vídeo e fotografia. Embora seu estúdio seja baseado na Cidade do México, Alÿs realizou nos últimos anos inúmeros projetos em colaboração com comunidades ao redor do mundo, da América do Sul ao norte da África. Expôs seu trabalho solo em museus, como: Museu de Arte Moderna (MoMA), Nova York, 2011; Tate Modern, Londres, 2010; Hammer Museum, Los Angeles, 2007; Museu de Israel, Jerusalém, 2005, Museu de Arte Contemporânea, Barcelona, 2005; e Museu de Arte Moderna, Cidade do México, 1997. O artista já foi premiado com o Blue Orange em 2004, o Vincent Award em 2008 e o BACA em 2010.
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Performance no espaço expositivo dias 02 e 09 de agosto, a partir de 14h
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Desenho Premiado é uma série que tem como escopo o jogo da Mega Sena, ao longo dos últimos anos o artista vem realizando desdobramentos para este trabalho e desenvolvendo diversas situações que envolvem as apostas e suas possibilidades de premiação, criando como resultado instalações, propostas contratuais, ações performáticas etc…
Projeto Multitude
Ação inédita onde o artista, em dias determinados, oferta ao público presente na exposição os bilhetes da Mega Sena que estarão concorrendo ao próximo sorteio.
Gustavo Jeronimo
Graduado em Artes Visuais na FAMEC – SP em 2010
Desde 2007 vem realizando diversas exposições, entre as principais estão em 2014 Pinacoteca de São Bernardo do Campo, Projeto Multiplo no Red Bull Station e Centro Cultural São Paulo na mostra Arte contra o Estado, em 2013 no Espaço Cultural Gambalaia, Santo André em 2008 participou do 36° Salão de arte Contemporânea de Santo André,– SP.
Realizou vários cursos de especialização entre eles em 2006 o Processo Criativo no Parque Laje e Procedência e Propriedade ambos com Charles Watson e 2007/2008 Curso de acompanhamentos de projetos com Sandra Cinto, estudou com Laura Vinci, Iran do Espírito Santo, Nelson Screnci, Amauri Brito, Alex Rosato, Paulo Miyada e Pedro França.
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Instalação com 25 piquetes com dimensões e materiais variados
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Piquetes Anônimos é uma coleção iniciada em 2012, constituída por objetos que servem para estabelecer limites, ordenar, sinalizar e demarcar espaços na cidade. Os objetos , com dimensões variadas e feitos com diferentes materiais, são encontrados na rua e incorporados à coleção. Na maioria dos casos, o artista entra em contato com o proprietário do objeto e propõe uma troca. Em outros, o artista reproduz um piquete semelhante e substitui pelo encontrado.
Os piquetes são montados de diversas maneiras: obstruindo passagens, mantendo portas abertas, escondidos em cantos, ou reunidos em grupo para formar aglomerados, linhas e desenhos no espaço. Apesar de terem o mesmo suporte como base, são peças únicas.
Gustavo Ferro
Santos, Brasil, 1988
Vive e trabalha em São Paulo
Gustavo Ferro é graduado em Artes Visuais e representado pela Sé. Atualmente coordena o Phosphorus, espaço gerido por Maria Montero, que realiza residências artísticas e exposições, com foco em práticas experimentais. Em 2007 idealizou o Beco da Arte, espaço independente que desenvolvia exposições coletivas, workshops, palestras e outras ações; esteve em atividade até 2010 no bairro Vila Mariana em São Paulo.
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Showcase de trabalhos coletivos, 90″
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Zona de Poesia Árida foi o nome dado a um showcase de trabalhos coletivos, realizados entre 2002 e 2012. Os filmes selecionados mostram a atuação de alguns coletivos de arte na cidade de São Paulo. Essas ações artísticas coletivas são um movimento cultural contemporâneo que amplia as fronteiras da arte/estética/política e potencializa sua função social ao se conectar e dialogar com outras esferas do conhecimento, outros públicos, diferentes espaços de atuação, novas práticas artísticas e novas formas de organização. A compilação dos trabalhos foi feita por Tulio Tavares, do Coletivo Nova Pasta.
TÚLIO TAVARES
Brasil, 1971
Vive em São Paulo, Brasil
Artista plástico, curador e produtor de mostras de arte. Mistura em seu portfólio produção de performances políticas, intervenções urbanas, manipulações da mídia, projetos curatoriais e mostras de arte, que se somam a desenhos, pinturas, vídeos e fotografias. Os trabalhos transitam por espaços públicos e privados da cidade, muitas vezes aplicados sobre a vida cotidiana, acompanhando as inquietações, desafios e contradições da vida na grande metrópole. Simultaneamente o autor produz trabalhos que exploram liberdades temáticas, discussões técnicas e estéticas, assuntos unicamente referentes à arte. O trabalho acontece entre museus, galerias, equipamentos públicos, publicações, ruas e ocupações. Apesar da diversidade dos trabalhos, eles estão todos dentro das discussões relativas à arte no mundo contemporâneo.
Foto: Antonio Brasiliano (Fotografias realizadas durante as gravações de Manifestações dos artistas)
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Duração 15 min – Direção, roteiro, câmera, edição: Ines Cardoso – São Paulo, Brasil
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“Cocais, a cidade reinventada” é um documentário poético realizado junto com pacientes e funcionários de uma cidade manicômio no interior de São Paulo. Esta é a história de uma cidade que se reinventou atráves de um filme, ou a história de um filme que foi inventado por uma cidade.
“Cocais, a cidade reinventada” participou de mais 40 festivais e mostras, entre eles, da competição internacional do 51th International Leipzig Festival for Documentary (Alemanha) e do11th Brooklyn International Film Festival (EUA/ New York). Com este filme, recebeu o Prêmio Panda no 6th Curta Santos em 2008, o Prêmio Excellent Award em 2009 no Tókyo Video Festival – Japão. Prêmio no 11th One World Film Festival, Praga (República Ctheka), Melhor Trilha Sonora, 2009; Prêmio Especial do Júri no FESTIVAL de Cinema CINE PE , 2009 e o Grande Prêmio de Melhor Documentário no Festival Internacional do Cinema Feminino, no Rio de Janeiro, em 2009.
música
Stephen Vitiello, Mikhail Rudy, Jukka Mikkola e JyrkiSiukonen.
Ines Cardoso é uma artista que trabalha em meios como videoarte e documentário. Desde de 1994 vem apresentando seus trabalhos em festivais nacionais e internacionais de cinema e vídeo. Suas obras são autorais e de produção independente , incluindo uma grande variedade de formatos, tais como instalações, vídeos, curtas-metragens e projetos interativos.
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fotografia em duratrans
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Borá é resultado da sobreposição de 450 imagens dos moradores do menor município em número de habitantes do Brasil. De acordo com o senso de 2010 a cidade de Borá tem 805 habitantes.
O ensaio Borá teve início em 2006 é resultado da sobreposição de 450 imagens dos moradores do menor município em número de habitantes do Brasil. De acordo com o senso de 2010 a cidade de Borá tem 805 habitantes e está localizada no estado de São Paulo.
DAVILYM DOURADO
São Paulo – Brasil, 1975
Davilym Dourado começou seus estudos de fotografia no I.C.P (International Center of Photography) em 1999 quando se mudou para Nova Iorque. De volta ao Brasil em 2000 começou sua carreira profissional colaborando para as principais revistas e jornais do país. É bacharel em Sociologia e Política com estudos em Antropologia Visual. Atualmente desenvolve seus projetos de fotografia autoral transitando entre o documental contemporâneo e fotografia analógica experimental.
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Vídeo single-channel, 22′
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“Talvez o trabalho mais intrigante de Cuevas, Cinepolis prevê uma invasão de imagens em nossa vida cotidiana, de forma sorrateira e bem-acabada. Esse alienígena intruso vem na forma de uma paisagem permeada pelo consumo, marcada por uma estética fast-food. Irreverente e mordaz, Cuevas se defende com a única arma disponível: as imagens do inimigo” – Steve Seid, Pacific Film Archive, 2004.
XIMENA CUEVAS
Cidade do México – México, 1963
Cuevas é obcecada com micromovimentos da vida cotidiana, o limite entre verdade e ficção, a “impossibilidade” de realidade. Seu trabalho procura incessantemente as camadas de mentiras que cobrem as representações diárias da realidade e sistematicamente explora as ficções de identidade e gênero. Estudou cinema na Columbia University e na New School for Social Research, ambas em Nova York. Seus vídeos foram exibidos em festivais como New York Film Festival, Sundance e Berlin International Film Festival. Foi palestrante convidada em diversos eventos, incluindo os patrocinados pelo Pacific Film Archive, em San Francisco, Museu de Arte Contemporânea, em San Diego, Guggenheim, em Nova York, e mais recentemente Guggenheim, em Bilbao. Entre os diversos apoios recebidos estão: FONCA (Fondo Nacional para la Cultura e las Artes, México); Eastman Kodak Worldwide Independent Filmmaker Production; e os das fundações Rockefeller, MacArthur e Lampiada. Nove de seus vídeos integram a coleção permanente do Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova York.
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Aulas e textos em torno do tema Multidão
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Os textos e as aulas reunidos por João Gomes são o resultado de uma pesquisa em curso que busca compreender historicamente e arqueologicamente (no sentido que Foucault e depois dele Agamben deram a esse termo) os processos de constituição social e política do que chamamos multidão. Para além de sua real presença física e de sua forte evidência imagética, multidão é antes de tudo um complexo de significados agenciados de maneira aparentemente indócil e com uma duração própria, perpassado fundamentalmente por interpretações antigas de fundo judaico-cristão. Neste momento, portanto, foram pensadas duas formas de disponibilizar este conteúdo. A primeira como duas aulas, ou falas, para as quais escolheu-se apresentar duas facetas da questão, uma delas com fontes e um recorte temporal bastante recuado, bíblico, e outra, inserida no calor dos debates contemporâneos sobre a imagem. A segunda forma ganha corpo como cinco textos reunidos em livre acesso, físico (livro) e virtual (página do evento).
“Toda Multidão é sagrada”
Aulas e distribuição de textos
dia 06 de julho, domingo às 11h [veja a aula aqui]
“A Imagem da Multidão”
Aulas e distribuição de textos
dia 19 de julho, sábado, às 11h
João Gomes é Bacharel em História pela PUC-SP, Mestre em História Social pela Unesp e Doutorando em História em Paris-I Sorbonne. Foi professor substituto na Unesp-Franca e Professor Especialista Visitante na Unicamp, além de ter ministrado cursos na PUC-SP e na FESPSP.
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Performance
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Na mitologia grega, Atlas é aquele que foi condenado por Zeus a carregar o céu aos ombros. Atlas é uma performance que reúne cem pessoas de diferentes profissões em palco. Nessa obra, Ana Borralho e João Galante pretendem construir um atlas da organização social humana, uma representação dos seres humanos através da sua função na sociedade em que se inserem. Um dos motores da peça são as ideias do artista plástico Joseph Beuys, A revolução somos nós e Cada homem um artista. Uma revolução silenciosa. Uma obra motivada pela crença de que a arte deve desempenhar um papel ativo na sociedade. Unir a arte e a vida. A performance foi inspirada na frase mantra de uma canção infantil: “Se um elefante incomoda muita gente, dois elefantes incomodam muito mais…”, mas em vez de “elefante” cada uma das cem pessoas diz a sua própria profissão.
APRESENTAÇÕES
9 e 10 de agosto (sábado e domingo), 16h no Deck Sesc Pompeia
WORKSHOP
1 e 8 de agosto
ANA BORRALHO E JOÃO GALANTE
Vivem em Lisboa e Lagos, Portugal.
Conheceram-se enquanto estudavam artes plásticas no Ar.Co. Enquanto atores/cocriadores trabalharam regularmente com o grupo de teatro Olho. Desde 2002, trabalham em parceria nos campos da performance art, dança, instalação, fotografia, som e vídeo. São temas frequentes no trabalho da dupla: corpo/mente, dentro/fora, eu/outros, privado/público, social/político, gênero/ambiguidade sexual, imaginário erótico, autorretrato. Desde 2004, apresentam seus trabalhos em festivais internacionais em Portugal, França, Espanha, Suíça, Escócia, Brasil, Alemanha, Inglaterra, Áustria, Itália, Emirados Árabes Unidos, República Tcheca, Eslováquia, Eslovênia, Finlândia, Bélgica. Das peças criadas em conjunto destacam-se: Mistermissmissmister, sexyMF, No Body Never Mind, World of Interiors, Untitled, Still Life, Atlas, Linha do Horizonte e Art Piss (on money and politics). São membros fundadores da banda de não músicos Jymmie Durham, cofundadores da associação cultural casaBranca, programadores e diretores artísticos do festival de artes performativas Verão Azul (Lagos-Algarve) e coprogramadores do festival de música eletrônica Electrolegos (Lagos-Algarve).
FICHA TÉCNICA
Performers: cem pessoas de diferentes profissões
Conceito e direção artística: Ana Borralho & João Galante
Luz: Ana Borralho & João Galante
Aconselhamento luz: Thomas Walgrave
Som: Coolgate
Colaboração dramatúrgica: Rui Catalão
Colaboração artística: Fernando J. Ribeiro
Colaboradores artísticos e coordenadores de grupos: Catarina Gonçalves, Cátia Leitão (Alface), André Uerba e Tiago Gandra
Produção executiva e coordenação de grupos: Andrea Sozzi
Direção de produção: Mónica Samões
Produção: casaBranca
Coprodução: Teatro Municipal Maria Matos
Residência Artística: Atelier REAL, alkantara
Apoio: Junta de Freguesia da Estrela, alkantra
Agradecimentos: Mark Deputter e aos performers que participaram em todas as apresentações de Atlas
casaBranca é uma associação financiada pela Secretaria de Estado da Cultura/DGArtes
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Instalação interativa
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Fofoque-me: Vox Populi é um sistema aberto de comunicação que promove a criação de um espaço público temporário a partir da recontextualização de mensagens enviadas por participantes. Estruturas mecânicas robóticas são usadas para redirecionar essas mensagens, que se propagam entre outras obras. Essa interatividade entre os objetos traça um caminho físico para as mensagens, dando localidade e materialidade a um acontecimento digital, tornando o processo de comunicação mais tangível e perceptível. Além de serem transmitidas imediatamente ao serem recebidas, as mensagens também contribuem à criação de uma voz coletiva, onde opiniões individuais estão integradas e mescladas em uma única mensagem que evolve ao longo do tempo.
RADAMÉS AJNA
Campanha, MG – Brasil, 1985
Vive em São Paulo, Brasil.
Artista multimídia com formação em física, computação e matemática. Iniciou-se no campo da arte e tecnologia coordenando o laboratório de interfaces do Museu da Imagem e do Som de São Paulo. Trabalha como consultor e desenvolvedor para diversos artistas, designers, músicos e arquitetos, ajudando-os a criar trabalhos envolvendo novas tecnologias. Como educador, criou o espaço Hacklab.es no SESC, onde ensina arte e tecnologia para estudantes com diversas formações. Tem ministrado workshops de computação criativa e eletrônica em diferentes festivais. Recentemente, foi premiado com o incentivo à produção artística do concurso VIDA 15.0 da Fundación Telefónica, junto com Thiago Hersan.
THIAGO HERSAN
São Paulo – Brasil, 1981
Vive em Oakland, Estados Unidos.
Graduado e mestre em engenharia elétrica e da computação. Já trabalhou como pesquisador e designer de circuitos integrados, e hoje trabalha com educação, cultura digital, entre outros. Como integrante do coletivo Astrovandalistas, desenvolve tecnologias digitais para ampliar as possibilidades de comunicação afetiva e criar situações públicas compartilhadas. Atualmente trabalha como engenheiro designer em uma empresa que desenvolve personagens robóticos para fins educativos. Recentemente premiado com a residência de produção artística AiR da empresa Autodesk, junto com Radamés Ajna.
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Projeção de Slides
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Fotos feitas em conjunto habitacional em São Bernardo do Campo, do programa minha casa minha vida, mostrando a apropriação do espaço pelos moradores. A decoração não é apenas uma conquista do poder aquisitivo. Através dela notamos rastros dos moradores e de suas trajetórias. Salas fotografadas no mesmo angulo, na mesma planta, traz uma amostragem da realidade dessas pessoas.
O trabalho é resultado de uma parceria com a secretaria de habitação da prefeitura de São Bernardo do Campo, que procurava uma forma de trabalhar a auto estima dos moradores dos conjuntos habitacionais. Fui procurada para pensar numa forma de levar a fotografia até eles como meio de reflexão e análise sobre as condições que se encontravam. Muitos dos moradores vieram de uma situação social precária e pela primeira vez precisavam se apoderar das moradias. Fizemos oficinas de foto, não como curso profissionalizante, mas como técnica de observação. Paralelamente a este processo eu comecei a visitar os moradores e a registrar sua moradias. Decidi que para não ter uma interpretação pessoal sobre a decoração dos apartamentos, eu deveria registrar sempre o mesmo angulo, sem me deixar levar pelo meu gosto pessoal ou pela influencia dos moradores. Assim obtive uma amostragem crua da realidade dos apartamentos. A verdadeira apropriação deste espaço mínimo que são as habitações populares do programa Minha Casa minha vida. Como cada um cuida do mesmo espaço? Não se trata apenas de poder aquisitivo, mas de historia pessoal e identidade. O resultado final apresentado para os moradores foi uma exposição das fotos que eles fizeram bem como as minhas fotos dos apartamentos.
Carol Quintanilha
Trabalhou nos grandes veículos da imprensa nacional e teve uma agência de noticias baseada em Londres. Estudou história e antropologia. Desde 1997 vem desenvolvendo trabalhos pessoais paralelos à vida de fotógrafa freelancer. Depois de viver fora do Brasil aumentou a sua curiosidade sobre o povo brasileiro e decidiu se dedicar à busca de rastros visuais que possam dar pistas desta complexidade enorme. Viveu no Sertão do Nordeste morando com diversas famílias e fotografando seu cotidiano. Viajou pelo Brasil em busca do brasileiro. Interessa-lhes as estruturas sociais e suas manifestações estéticas.
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Video single-channel, 4′
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O vídeo se passa durante a comemoração da Copa do Mundo de 2002, em uma praça pública na Cidade do México. À primeira vista, trata-se de uma cena festiva e ao mesmo tempo perturbadora, que transmite o sentido de celebração com um tom de tensão subjacente. O vídeo nos mostra o momento em que meninas são sexualmente assediadas por uma enxurrada de homens excitados pela euforia coletiva de uma vitória do futebol. O vídeo tem como trilha o Concierto de Aranjuez de Joaquin Rodrigo, uma música tradicionalmente associada com uma Espanha caricaturada como terra de touradas, o que acrescenta uma ambientação psicológica e diante do potencial de violência implícito no comportamento coletivo.
GONZALO LEBRIJA
Guadalajara – México, 1972
Vive em Guadalajara.
Voltada à exploração artística do instante capturado, a obra de Lebrija integrou diversas mostras no México e no exterior, como Resisting the Present (México, 2000-2012), ARC – Museu de Arte Moderna de Paris (França, 2012), e Energy Effects, Museu de Arte Contemporânea de Denver (Estados Unidos, 2010). Suas mais recentes exposições individuais são Possibility of Disaster, Centro de Las Artes (México, 2013); Deriva Especular, Museu de Arte Moderna (México, 2011); e The Distance Between You and Me, I-20 Gallery (Estados Unidos, 2010). O artista estudou no Instituto Superior de Estudios de Ocidente e é cofundador da Oficina para Proyectos de Arte (OPA), espaço de exposição sem fins lucrativos em Guadalajara.
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Inserção de net arte no site da exposição
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A net arte Imantados tem como referencia a obra Espaços Imantados de Lygia Pape, que apresenta pontos urbanos de concentração de pessoas que se formam e se desfazem incessantemente, como polos magnéticos. A obra de Denise Agàssi aborda questões relacionadas a discursos religiosos e lideres espirituais, que mesmo dentro um grupo aparentemente uniforme, mostram as diferenças e as singularidades de cada grupo ou indivíduos que tem o poder de atrair multidões. A obra é gerada pela Plataforma Net Arte http://plataforma.midiamagia.net/ que busca informações online nos bancos de dados do Flickr, Youtube, Twiter e Freesound, através de tags, gerando um audiovisual em tempo real e constantemente atualizado conforme o fluxo de informações da rede.
Denise Agàssi
Artista multimídia. Reorganiza arquivos online para perceber formas de representação coletiva em diálogo com a vida contemporânea e investiga processos de construção de memória a partir das relações em rede. Participa de exposições, grupos de pesquisa e residências artísticas nacionais e internacionais. Entre os principais prêmios e incentivos estão: Proac de Artes Visuais, Festival Vivo Arte.mov Prêmio Mídias Locativas; Residência no Centre de Creació i Pensament Contemporani de Mataró, na Espanha; Programa de Residência Artística LabMIS-SP; Residência para Artistas Visuais em Brande, na Dinamarca; entre outros. http://midiamagia.net/
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Série de 2 pinturas. Tinta acrílica sobre lona de caminhão reciclada – 300 x 400 cm cada
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A série Farsa apresenta uma comparação entre pinturas históricas que versam sobre revoluções e guerras – como a Guernica, de Picasso, e o Marat assassinado, de David – e fotografias contemporâneas coletadas na internet que tratam do mesmo assunto. O título refere-se à famosa frase de Karl Marx: “A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”.
DORA LONGO BAHIA
São Paulo – Brasil, 1961
Vive em São Paulo.
Dora Longo Bahia é doutora em Poéticas Visuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo – USP. Em 2012, recebeu o Prêmio Capes de Tese na área de artes e música. Seu trabalho artístico abrange pintura, fotografia, instalações sonoras e de vídeo, filmes e livros. A ligação com o punk rock dos anos 1980 lhe rendeu a participação em várias bandas, como Disk-Putas, Verafisher, Maradonna, Blá Blá Blá e, atualmente, Cão. A artista realizou diversas exposições individuais e coletivas, entre elas: Imagens Claras x Ideias Vagas, Galeria Vermelho, São Paulo; 28ª Bienal Internacional de São Paulo; Escalpo Carioca e Outras Canções, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; The Spiral and the Square, Bonniers Konsthall, Estocolmo; Eloge du Vertige, Maison Européenne de La Photographie, Paris; Los Matices del Por Qué, Museo de los Metales, Cuenca; Vídeo et Après, Centre Pompidou, Paris; IX Bienal Monterrey, FEMSA, Centro de las Artes, Monterrey. Em 2002, recebeu o Prêmio Cultural Sérgio Motta e, em 2010, o Prêmio CIFO (Cisneros Fontanals Art Foundation).
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Instalação multicanal – 40 televisores convencionais
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Através de telas distribuídas no espaço expositivo, Küba exibe imagens e vozes de 40 pessoas que vivem no subúrbio de Istambul, local conhecido por suas casas ocupadas por esquerdistas curdos. A obra nos oferece uma estranha noção de utopia em torno das complexas estruturas e dinâmicas que constituem a mitologia e a narrativa em torno de um bairro.
KUTLUĞ ATAMAN
Istambul – Turquia, 1961
Kutluğ Ataman é um artista contemporâneo e cineasta, cujas obras buscam principalmente documentar a vida de pessoas marginalizadas. Ele examina a forma em que elas criam e reescrevem suas identidades por meio de autoexpressão, conectando realidade e ficção. Suas obras e alguns de seus filmes têm sido descritos como uma combinação entre o cinema/documentário e a intimidade do gênero home/cinema. Estudou cinema na Universidade da Califórnia, Los Angeles. Em sua prática artística exibiu nas bienais de Veneza, de São Paulo e na Documenta. Foi finalista do Turner Prize 2004 e ganhou o Carnegie Prize no mesmo ano com a obra Küba. No cinema, ganhou o Prêmio Especial do Júri no Festival de Berlim por Lola + Bilidikid (1998); Melhor Diretor e Melhor Filme nos festivais de Ancara e Antalya; e, Melhor Filme no Festival de Cinema Asiático na Índia por 2 Girls (2005). Seu filme Journey to the Moon (2009) foi exibido na seleção oficial do Festival de Cinema Internacional de Istambul (2009) e faz parte da série Mesopotamian Dramaturgies de obras visuais. Seu mais recente filme, The Lamb (2014), ganhou o CICAE Art Cinema Award no 64º Festival de Cinema de Berlim. Sakıp Sabancı, uma obra composta por múltiplas imagens e aproximadamente 10000 telas, foi inaugurada em Istambul em abril de 2014. www.kutlugataman.com
Agradecemos ao Centro Cultural Brasil-Turquia a tradução dos textos da obra Küba.
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Foto em ampliação de 2,45 x 1,80m
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Vestidos com roupas de mergulho e com armas de papelão pintado, um grupo de atores alarmou jornalistas e a polícia ao filmar uma cena de filme em um balneário na praia La Perla de Mar del Plata, durante a IV Cumbre de las Américas. O boato sobre a presença de “piqueteiros” na Praça de Espanha, em frente ao balneário foi motivo de alerta em Buenos Aires. Parodiando a imagem que a mídia faz do terrorismo, os jovens planejaram a formação da “errorista internacional”, uma organização com a qual celebram o erro, como o decorrido na praia durante as filmagens.
Etcetera
Argentina, 1997
O Etcétera surgiu no final de 1997, formado por artistas, em sua maioria de 20 anos ou menos, envolvidos em poesia, teatro, artes visuais e música. O grupo é parte de um movimento integrando diferentes contextos sociais, trazendo a arte para as ruas, os espaços de conflito social, movendo esses conflitos a outros espaços até então silenciados. O Etcetera nasceu em resposta a um momento político particular, a partir de uma necessidade inconsciente de forjar uma identidade geracional e como uma reação à cultura invadida pelo neoliberalismo, tão marcante nos últimos tempos.
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Espetáculo, 140′ (2 pausas)
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A proposta de Pendente de Voto não é a versão falsa de um verdadeiro debate parlamentar, mas a versão verdadeira do falso debate vigente. Não mais ficção da política, mas política da ficção: políticos verdadeiros contra os verdadeiros políticos. O teatro é transformado em um parlamento protagonizado pelo público. Cada um dos espectadores, equipados com um controle remoto, passa a governar o teatro.
APRESENTAÇÕES
6 e 7 de junho (sexta e sábado), 20h
8 de junho (domingo), 18h
ROGER BERNAT (direção)
Estudou Direção e Dramaturgia no Instituto do Teatro de Barcelona, onde se graduou com o Prêmio Extraordinário 1996. Entre 1997 e 2001, fundou e dirigiu o General Eléctrica com Tomás Aragay, um centro de criação de teatro e dança. É autor e diretor de peças, como: 10.000 kg (Prêmio Especial da Crítica 96/97), Confort Domestic (Prêmio da Crítica ao Texto Dramático 97/98), Álbum, Trilogia 70, a série de seis peças Bona Gente, LALALALALA, Amnésia de Fuga, Tot és perfecte o Das Paradies Experiment. Também realizou vídeos e instalações: Polar, La Tribu (3 contos patrióticos), Vero o El que sap tothom i ningú no gosa dir. Até o momento, seus espetáculos foram apresentados em 20 países, de quatro continentes distintos.
FICHA TÉCNICA
Concepção e direção: Roger Bernat
Dramaturgia: Roberto Fratini
Visualização de dados: Mar Canet
Dispositivos e software: Jaume Nualart
Música: The sinking of the Titanic de Gavin Bryars, PatchWorks e outros
Desenho de som: Juan Cristobal Saavedra
Iluminação: Ana Rovira
Assistente de direção e direção técnica: Txalo Toloza
Cenografia: Marie Klara González
Efeitos especiais: Cube.bz
Colaboradores de programação: Pablo Argüello, David Galligani e Chris Hager
Assessores de conteúdo: Oscar Abril Ascaso y Sonia Andolz
Agradecimentos: David Cauquill, Raquél Gomes, Marcela Prado e Magda Socias
Produção: Helena Febrés Fraylich
Uma produção de Elèctrica Produccions (Barcelona), coproduzido pelo Centro Dramático Nacional (Madrid), Fundación Teatre Lliure/Festival NEO junto com Le Manège de Reims Scène Nationale/Reims Scènes D’Europe e Le Manège de Mons/CECN, TechnocITé no âmbito do projeto Transdigital apoiado pelo programa europeu Interreg IV. Com o apoio do Ministerio de Educación, Cultura y Deporte de España/INAEM e do Institut Ramón Llull.
Ingressos à venda a partir de 28 de maio na Rede SESC
8 reais - comerciários matriculados
20 reais – estudante, idosos e usuários matriculados no Sesc
40 reais – inteira
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Fotografia
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“Sequências” é um ensaio fotográfico que pesquisa a construção de estereótipos do feminino e do masculino na criação de imagens. Dentro de um contexto cotidiano, pessoas são transformadas, foto-a-foto, de um gênero em outro. A imagem inicial e a imagem final são figuras estáticas, do feminino e do masculino. As imagens entre elas são uma porta para a discussão da figura transgênero. Este ensaio teve como ponto de partida o levantamento e estudo de fotografias de moda com modelos considerados andrógenos para compreender quais os gestos, roupas e adereços e como estes são manipulados para dar ora uma conotação feminina, ora masculina.
Luiza Folegatti (1988)
Fotógrafa e vídeo-artista, mora em São Paulo é formada em Midialogia pela Unicamp. Pesquisa a construção do gênero na imagem, fez a direção de fotografia de alguns curta-metragens e atua no projeto multidisciplinar Corpo-Projeção sobre dança, vídeo e projeção.
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Cartazes lambe-lambe
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Em “Estratégias de Segurança”, retratos em forma de pôsteres são dispostos em espaços públicos onde casos de agressão de natureza homofóbica foram registrados na cidade de São Paulo. Os retratos de vítimas desse tipo de abuso passam por um tratamento gráfico e são sobrepostos por tarjas contendo 4 dicas de comportamento publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo, listadas como estratégias de segurança adotadas pelos frequentadores da região da Av. Paulista para evitar agressões.
Segundo Rodrigo essas posturas apontam para um discurso normativo de gênero na tentativa de enquadrar comportamentos e limitar a diversidade no espaço urbano.
Durante o período da exposição, o artista realiza novos retratos dos visitantes da exposição Multitude. Para entrar em contato e agendar um horário, ligue para (11) 95360-4786.
Rodrigo Moreira
Coronel Fabriciano, MG, Brasil
Vive e trabalha em São Paulo
Rodrigo Moreira é formado em Design Gráfico e Comunicação Social com formação complementar em Belas Artes. Passou por cursos livres no Museu de Arte de São Paulo e grupos de estudos com foco em arte e tecnologia. Já participou de exposições no Brasil, Espanha e Colômbia.
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Instalação: fotografia, projeção e áudio
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Permanente/Mutável aborda os limites do convívio social ao qual os índios que vivem ou trabalham na cidade estão sujeitos, estes limites criam uma linha de fronteira não geográfica, uma linha de borda, com seus membros buscando viver socialmente em um ambiente urbano. Existe uma busca da dimensão material da multidão, a multidão como forma de resistência ao poder, a questão dos “índios urbanos” se insere de forma múltipla nas práticas do biopoder, desenvolvidas pelo estado e aplicadas em larga escala pela população no seu dia a dia. De forma circular e mutável os índios se inserem neste espaço de luta de poder, retornam às aldeias e se inserem novamente no espaço urbano, um looping de diluição e reconstrução, ambos no espaço urbano, ambos na aldeia. Dentro da multidão e ao mesmo tempo buscando contato com suas singularidades.
Carla Linhares, 1975
Graduou-se em Artes Visuais pela Universidade Federal de Minas Gerais/UFMG em 1999. Desde então vem desenvolvendo formação extra curricular em fotografia e vídeo inseridos na arte contemporânea. Participa de exposições nacionais e internacionais, como individual no Museu de Arte da Pampulha e The Center for Fine Art Photography, entre outras. Seus trabalhos estão inseridos em um universo que lida com a questão do outro, da convivência, e da arquitetura no espaço urbano dentro de um viés ao mesmo tempo poético e crítico.
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Performance com o coletivo EIA- Experiência Imersiva Ambiental
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O EIA é um coletivo artístico auto-gestionado formado por pessoas que têm em comum a necessidade de problematizar de forma lúdica e relacional os modos de vida no ambiente urbano. Completando em 2014 dez anos de existência, o EIA desenvolve frentes de ação que fazem convergir temáticas como a arte, a tecnologia, o urbanismo, a comunicação, o meio- ambiente, a antropologia urbana, os movimentos sociais, entre outros. Estamos em sintonia com redes de pessoas, instituições, organizações e demais iniciativas comprometidas com a criação no aqui e agora de formas de vida mais alegres, colaborativas e inventivas que levam em conta a complexidade da cidade de São Paulo.
Performance “Laboratório de Afetos:
Dias 25, 26 e 27 de junho, quarta às 18h, quinta e sexta às 19h, na rua principal do Sesc Pompeia
Desde 2012, o EIA desenvolve o projeto Laboratório de Afetos. Seus agentes-ativadores oferecem ao público diversas ‘fórmulas’ em frascos borrifadores para lidar com questões contemporâneas. As fórmulas podem transformar, reduzir e potencializar afetos em circulação. Ao criar sua ‘fórmula pessoal’, misturando fórmulas já existentes e criando outras, você estará ativando sua possibilidade de re-inventar a vida e a dinâmica da cidade. Todas as novas fórmulas criadas são anexadas às fórmulas iniciais e funcionam como um mapeamento da subjetividade urbana.
Atualmente o EIA é formado por:
Eduardo Verderame
Fabiana Mitsue
Floriana Breyer
Gisella Hiche
George Sanders
Vanessa Jesus
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Vídeo single-channel, 11’52″
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Inspirada pelos protestos públicos organizados no Oriente Médio a partir de 2011, a artista simultaneamente nos chama a atenção para os espaços comuns que estão sendo ocupados ao redor do mundo e, em contrapartida, aqueles que ficaram vazios.
COCO FUSCO
Cuba, 1960
Vive em Nova York, EUA
Artista multidisciplinar e escritora. Em 2013, recebeu a bolsa Guggenheim, o prêmio Absolut Art Writing e a bolsa Fullbright. Em 2012, recebeu a bolsa US Artists e em 2003, o prêmio Herb Alpert. Suas performances e vídeos foram apresentados em duas edições da Whitney Biennial (2008 e 1993), no Festival Next Wave do BAM, nas bienais de Sydney, Joanesburgo, Kwangju, Shangai e em mostras como InSite O5, Mercosul, Transmediale, no Festival Internacional de Teatro de Londres, Videobrasil e Performa05. Também expôs seus trabalhos na Tate de Liverpool, The Walker Art Center e no Museu de Arte Contemporânea de Barcelona. É artista representada por Alexander Gray Associates em Nova York.
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Oficina – práticas políticas experimentais
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Atualmente há uma ascendência de movimentos que têm como um de seus princípios a horizontalidade. Nesses movimentos, as assembleias possuem um papel central, se constituindo via de regra como a instancia máxima de deliberação, tomada de decisões estratégicas, troca de informações e vivências e de convivência entre os grupos organizados e causas comuns.
Oficinas: dias 1, 2 e 3 de julho, de 19h30 às 21h30:
Oficina “Constelação Deliberativa Experimental”
Com Ana Claudia Banin e Ian Soffredini
A oficina visa propor uma vivência e exercício de deliberação na prática que vá além do modelo já constituído de assembleia, que usa apenas a linguagem verbal como meio de proposição e debate de ideias e argumentos.
A oficina é dividida em três momentos: contextualização e exposição da metodologia de Constelação Deliberativa Experimental; a vivência da metodologia na prática; um terceiro momento de reflexão a respeito da metodologia e de novas alternativas de assembleia.
Ian Soffredini é ator e diretor, formado pela “City University London” e pesquisador de diversas linguagens teatrais.
Ana Claudia Banin é formada em Sociologia e pós graduada em Gerenciamento de Projetos. Os realizadores atuam diretamente em diversos movimentos sociais de São Paulo, como o Organismo Parque Augusta, Casa Amarela, Buraco da Minhoca, além de apoiar diversos outros movimentos e ocupações da cidade.
O objetivo da Constelação Deliberativa é transferir o debate de ideias para o espaço, usando a relação dos corpos para representar a relação das ideias propostas. Utilizar o corpo e o espaço como formas de representar ideias abstratas a partir do seu posicionamento físico/espacial em relação a outras ideias manifestadas, buscando representar esteticamente as divergências com o objetivo de encontrar pontos em comum que as aproximem.
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Vídeo 6:19 minutos
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A Pixação de São Paulo, ao surgir na década de 80, se tornou uma das intervenções urbanas mais polêmicas e agressivas já vistas, características que tornaram os Pixadores um dos grupos sociais mais marginalizados da cidade de São Paulo. Constantemente em busca de adrenalina, protesto e reconhecimento social, os Pixadores se deslocam da periferia rumo ao centro da cidade para afirmar sua existência através de ousadas ações noturnas, que são sua válvula de escape para a exclusão social em que se encontram. Sendo a Pixação uma forma de agressão visual aos padrões estéticos burgueses e um claro reflexo do conturbado contexto social da cidade, o objetivo central do projeto PIXAÇÃO SP é questionar que tipo de sociedade é esta que forma uma geração inteira de jovens que precisa se expressar através da degradação do espaço urbano.
Ficha técnica:
UMA ÚLTIMA NOITE
Audiovisual sobre uma noite trágica na vida do pixador “NÉTICOS Guigo”. Comissionado pela 29a Bienal Internacional de Artes de São Paulo e parte integrante do projeto PIXAÇÃO SP. 6:19 minutos
CHOQUE PHOTOS
Paulistano e Bacharel em Fotografia pela universidade SENAC. Choque, nascido em 1986, considera a Arte e a Fotografia instrumentos de Legítima Defesa e de Intermediação de Conflitos, e por isso aponta suas lentes exclusivamente para Paradigmas Sociais Contemporâneos. Choque já trabalhou como repórter-fotográfico da Folha de São Paulo e atualmente dedica seus esforços na documentação autoral das Street Arts realizadas por jovens das periferias brasileiras, especialmente a “Pixação de São Paulo”, com o intuito de compreender quais são as demandas socio-culturais de toda uma geração que foi sistematicamente negligenciada e que por isso criou uma forma de comunicação codificada própria, que exclui a sociedade do seu entendimento por sua complexidade e agressividade estética. Desde 2008 Choque já exibiu seu ensaio fotográfico PIXAÇÃO SP em diversos países latino-americanos, assim como também Holanda, Espanha, Portugal e Estados Unidos. Em 2010, PIXAÇÃO SP foi exibido no segundo maior evento de Arte Contemporânea do mundo, a 29a Bienal Internacional de Artes de São Paulo, edição que tinha como tema: Arte Política. Em 2011, Choque exibiu este mesmo ensaio no Festival Internacional de Literatura e Cinema ETONNANTS VOYAGEURS, o segundo maior do gênero na França. Além disso, palestrou e assinou a Identidade Visual do festival com uma de suas obras. Em 2012, os ensaios PIXAÇÃO SP e HOMO SAPIENS DEMENS foram expostos no Festival LES RECONTRES d’ARLES PHOTOGRAPHIE em Arles, França. Atualmente, Choque está editando um Livro sobre seu projeto fotográfico PIXAÇÃO SP e tem realizado intervenções urbanas pela cidade de São Paulo com suas fotografias de novos projetos.
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Instalação – projeção de vídeo
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Realizada como uma série de ações de rua no centro de Moscou em 2000, Manifestations foi repetida posteriormente em 2002. Uma massa de pessoas comuns se juntou na calçada enquanto esperava pelo sinal verde do semáforo. No momento em que começou a atravessar a rua, cartazes vermelhos foram levantados, fazendo parecer um típico movimento revolucionário. O aspecto visual da documentação em vídeo nos permite observar que qualquer massa social em movimento pode ser capturada e transmitida como uma procissão política, assim como se pode capturar qualquer ação para um filme e fazer uma narrativa visual distinta e arbitrária no momento da edição. A dimensão política desse trabalho aponta uma visão crítica sobre o sistema de representação da democracia e a ditadura dos meios de comunicação de massa. Manifestations alcançou sucesso internacional ao ser exibida dentro da bienal Manifesta 4, em Frankfurt, 2002, depois da qual participou de inúmeras conferências, mostras, catálogos e tornou-se referência em livros e publicações periódicas, como monografias, revistas de arte, etc.
RADEK COMMUNITY
Grupo criado em 1997
Grupo baseado em Moscou, Rússia.
Coletivo de jovens artistas, músicos e críticos de arte. Começou participando de ações e performances da School of Contemporary Art de Avdei Ter-Oganian (1997-1998). Participou de muitas ações do Non-Governmental Control Committee de Anatoly Osmolovsky e entre seus projetos mais importantes estão Manifestation (2000) e Well, It’s…Accord!!!, apresentado na exposição de arte russa Davai (Berlim, 2002). Agora, os integrantes da Radek Community trabalham em sua própria galeria, intitulada France.
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Videoinstalação. Vídeo digital em HD (rear projection). Edição de 4 + 2 p.a.
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Hiperconsumo e superabundância são postos em discussão na obra que se passa em um armazém meticulosamente destruído por um grupo de pessoas. Algumas derrubam prateleiras, outras esvaziam pacotes de comida ou rasgam papel higiênico com rostos indiferentes e sem interagir umas com as outras. Apesar da excitação que acompanha esse tipo de ação, cada um dos participantes age como se estivesse em seu próprio mundo. Em looping, a cena da destruição causa no espectador a impressão de nunca ter fim. A obra foi filmada num cenário montado no Stedelijk Museum, de Amsterdã.
AERNOUT MIK
Groningen, Holanda, 1962
Vive e trabalha em Amsterdã, Holanda.
Reconhecido por suas videoinstalações combinadas a performance e escultura, o artista já expôs seu trabalho na Bienal de São Paulo (1991) e representou a Holanda na 52ª Bienal de Veneza (2007). Entre suas exposições recentes estão: Communitas, apresentada no Stedelijk Museum, Amsterdã (2013); Jeu de Paume, Paris (2011); Museum Folkwang, Essen (2011); Reactivation, Power Station of Art, exibida na 9ª Bienal de Xanghai (2012); e Aernout Mik, no CA2M Centro de Arte Dos de Mayo, Madrid (2012). Formado na Academie Minerva, na década de 1980, foi vencedor do Sandberg Prize em 1997 e do A.H. Heineken Prize for Art, em 2002. Seu trabalho também integra coleções de importantes museus holandeses.
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Caderno de colagens com fotocópias de jornal
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O trabalho proposto faz parte do processo e pesquisa de arquivamento de imagens jornalísticas, apresentadas em cadernos com colagens que são relacionadas ao cotidiano e sua vivência. Esses cadernos tratam do dia a dia e de como as imagens podem transformar o olhar na multidão. Os conceitos de repetição e descartabilidade estão igualmente presentes nessa pesquisa, que utiliza foto cópia “xerox” como fatura da repetição e apagamento da informação.
O trabalho lida com a multidão das imagens da mídia de massa. Uma multidão de imagens dispersas e de sentidos multidirecionais, com significados homogêneos e heterogêneos conforme estão inseridas ou separadas dos veículos de informação original. Observando a imagem processada, distribuída e redistribuída, o trabalho recorta o comum e corriqueiro em um conjunto de identidades.
Diego Castro
São Paulo, Brasil, 1983
Diego Castro é graduado como bacharel no curso de Artes Plásticas pela Faculdade Santa Marcelina (2005). Em 2012 concluiu o mestrado em Poéticas Visuais pela ECA-USP. O início de sua trajetória artística é marcado pela a apropriação das imagens, com intuito de descaracterizar o seu significado e os meios onde essas estão inseridas, explorando a espacialidade, a cor e a repetição.
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Instalação com cartões postais
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O MPM – Museu da Polícia Militar é um museu criado em julho de 2013 que constitui seu acervo através de um conjunto de apreensões, e não com aquisição de obras de arte. Em março de 2014 foi apresentado como uma sede física temporária na Fundação Joaquim Nabuco, em Recife. Na exposição Multitude é exposto o acervo de cartões postais feitos a partir de cartazes apreendidos em manifestações e outros tipos de aglomeração de pessoas.
Fabiana Faleiros, mais conhecida como Lady Incentivo, é poeta, performer e artista visual. Atualmente escreve o livro Ninguém é você com a bolsa de incentivo do PROAC e faz doutorado em Processos Artísticos Contemporâneos na UERJ.
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Fotocópias preto e branco em papel couchê
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Torre composta de fotocópias em preto e branco de embalagens do chocolate Prestígio e da paçoca Amor. As caixas de Amor estão abaixo do Prestígio, na base, e seu logo do coração ficará invertido, como uma seta em sentido ao Prestígio.
A ideia é subverter de uma certa forma, o sentido de Amor, que alicerça o Prestígio de papel, que nesta torre é passageiro, descartável e instável.
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Vídeo
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Realizada com adolescentes que estão cumprindo Regime de Liberdade Assistida no Centro de Serviço de Medida Socioeducativa de Pirituba**
A oficina é desenvolvida com base em dois exercícios: o desenho de um mapa de percurso, com a intenção de despertar a memória sensorial, e a navegação pela entorno do bairro através da plataforma do Google Maps, onde acontece a identificação e escolha dos pontos de intervenção representando os desejos de mudança na região.
As intervenções são feitas através de desenhos e colagens.
**O Serviço de Medidas Socioeducativa de Pirituba atende a 120 adolescentes em cumprimento de liberdade assistida e prestação de serviços a comunidade. O Serviço é gerenciado pela pastoral do menor por meio da ONG Ages.
Atualmente recebe um projeto do Proac Web Rádio8069 e ministra oficinas de edição de música e animação.
Formato de exposição do resultado da oficina: pranchas A3 contendo imagens antes/depois da intervenção + vídeo com depoimento dos idealizadores e imagens do processo de realização e resultado final.
O trabalho intervenção na quebrada é uma série de intervenções sobre a plataforma do Google Maps realizada pelos adolescentes a partir da questão: O que voçê deseja mudar na sua região?
Foram realizados desenhos e colagens
Orlando Coelho Barbosa (1968)
Psicopedagogo, mestrando em Psicologia Educacional com pesquisas voltadas para arte e subjetividade. Desenvolve trabalhos com adultos em situação de rua nas cidades de São Paulo e Osasco.
Pâmela Sarabia (1979)
Arquiteta e Urbanista, atua hoje com trabalhos e pesquisas direcionados ao desenvolvimento sustentável. Participa de projetos voltados para a ocupação, apropriação e transformação do espaço comum na cidade.
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Desperfilar se apropria da lógica de funcionamento das redes sociais e propõe um experimento de performance e construção de narrativa que se organiza em um sistema com etapas interligadas. Contradizendo a lógica exibPaol;icionista do Facebbok, a artista propões um processo sutil do apagamento de sua imagem.
Millena Lízia
Nasceu em Niterói e trabalha no Rio de Janeiro. Em seu trabalho, vale-se de apropriações de elementos ordinários e situações cotidianas para pensar a diluição entre o sujeito e o ambiente. Através da pluralidade em sua prática, incita uma discussão poética que transita entre a esfera do micro e do macro, do orgânico e do inorgânico e que, por fim, aponta-nos para as transitoriedades de se estar-no-mundo.
Link para página do facebook: https://www.facebook.com/millena.lizia
- link para o video:
https://www.youtube.com/watch?v=DLSzFicRtEk&feature=youtu.be
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Performance
Dia 08 de agosto, sexta, às 20h. Na arena do espaço expostivo.
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A partir da provocação dos artistas Sara Panamby e Filipe Espíndola, a artista Musa
Mattiuzzi se apropria da cor branca e compõe uma ação em performance.
A ação é: pinte-se de branco.
Merci Beaucoup, Blanco! é um fragmento de um gesto mínimo, um ruído constante que incomoda e marca o tempo de repetir.
O tempo passa, enquanto a ação continua repetir, repetir, repetir.
O corpo fica branco, a máscara alva.
O gesto vai ganhando sentido intensamente, até se multiplicar.
CRIAÇÃO E CONCEPÇÃO Musa Mattiuzzi | PROVOCAÇÃO Sara Panamby, Filipe Espindola e Paulo Nazareth |
| FOTO Hirosuke Kitamura
http://musamattiuzzi.wix.com/musamattiuzzi
Musa Mattiuzzi
Ex-bancária, Ex-recepcionista, Ex-operadora de telemarketing, Ex-auxiliar de serviços gerais, Ex-dançarina, Ex-mulher, Ex-atendente de corretora de seguros, Ex-aluna PUCSP. Atualmente é Musa, Performer e colaboradora dos coletivos GIA (BA) e Opavivará (RJ).
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Performance
Dia 08 de agosto, sexta, de 18h às 20h
Intervenção que apresenta dez skatistas andando de skate nas dependências do SESC Pompeia e vestindo burcas de tricô confeccionadas pela artista Aline Tima.
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Segundo o site de noticias r7®, no dia 12 de julho, foi aprovado no estado de São Paulo o projeto de lei que proíbe a utilização de máscaras em manifestações políticas, no Rio de Janeiro e Minas Gerais essa proibição já esta em vigor. No dia 1 de julho de 2014, na Praça Franklin Roosevelt no centro de São Paulo, durante um debate a favor da liberação de presos políticos a polícia que cercava a manifestação prendeu dois advogados ativistas que questionaram da ausência de identificação dos PMs no momento do debate.
O projeto de lei que proíbe o anonimato em manifestações, se apoia no fato de que os atores de vandalismo em sua grande maioria utilização-se da proteção das mascara para não serem identificados. O que expõem a contradição, a própria Policia Militar circula em rondas de anonimato na cidade e a população agora poderá ser criminalizada se agir da mesma forma. Segundo o assessor de Direitos Humanos da Anistia Internacional Alexandre Ciconello:
O Estado não pode regular um artigo da Constituição, e esse projeto quer restringir esse direito. Colocar o exercício dele na mão das forças policiais é muito perigoso. É só lembrarmos o que aconteceu na praça Roosevelt, no dia 1º de julho. A polícia impediu que o debate acontecesse. O que vem ocorrendo em São Paulo é muito preocupante
A aprovação do contraditório projeto de lei, que proíbe a população de se mascarar em manifestações motivou a artista a realizar a intervenção, burcas flutuantes. A burca é uma túnica que cobre todo o corpo, é um símbolo que representa a opressão feminina. Ela é utilizada por algumas mulheres mulçumanas cuja a vertente religiosa é extremista.
A Praça Franklin Roosevelt cenário da manifestação do dia 1o de julho é habitada diariamente por centenas de skatistas. Logo pela manhã e até o inicio da madrugada a artista (residente dessa praça) pode ouvir e dividir o cotidiano deles. Por compartilhar o dia-a-dia com esse grupo de pessoas e por muito observar esse estado flutuante dos skatistas, as burcas confeccionadas serão ativadas, com a tremulação das rodinhas do skate nessa intervenção.
Aline Tima
Artista visual residente em São Paulo. Realiza ações que propõem diferentes tipos de interações com pessoas que vivem no ambiente urbano. As ações geralmente se desenvolvem em lugares que promovem o encontro para o lazer e diversão, homogeneizando arte e momentos de prazer e descontração.
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Filme-realidade, locativo e interativo
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Entre em um mundo de bombardeios e sequestros nesse trabalho sobre violência política. Para começar, ligue para o número exibido na parede e escolha se quer ser Ulrike ou Eamon e desligue. Posicione-se e aguarde por uma ligação telefônica. Assim que atender, você passa a ser Ulrike ou Eamon, de acordo com sua escolha. A narrativa ouvida pelo telefone se desenvolve em meio à violência e à morte, mas você estará em seu cenário cotidiano, nas imediações do Sesc Pompeia.
Posicione-se como achar melhor: perto de alguma porta ou de frente para a rua e use o teclado do celular para tomar as decisões. Caso você seja Ulrike, a narrativa irá envolver bombas incendiárias em um supermercado e a noite em que Benno foi baleado por um policial em um protesto. Caso você seja Eamon, a narrativa decorre da violência que sofreu ao apanhar de soldados na adolescência, da morte de Ivan Toombs e de sua entrada para a Nutting Squad, responsável pela segurança interna do IRA (Exército Republicano Irlandês). Quando as ações políticas de Eamon e Ulrike atingirem o clímax, você também precisará tomar uma decisão: desligar o telefone e ir embora ou continuar na linha…
Uma versão desse trabalho – Ulrike and Eamon Compliant – foi realizada para a 53ª Bienal de Veneza.
Ulrike Meinhof (1934 – 1976) foi uma jornalista alemã que ganhou notoriedade por ter se tornado membro do Red Army Faction (grupo terrorista da Alemanha Ocidental). Sua forte relação com os colegas Andreas Baader e Gudrun Ensslin podem ter contribuído para o seu suicídio, enquanto aguardava por seu julgamento na prisão em 1976.
Eamon Collins (1954 – 1999) foi um membro encarregado da segurança interna do IRA’s Nutting Squad (unidade do exército provisório republicano irlândes), antes de se tornar um informante que provocou o processo de grande número de integrantes dessa organização. Collins foi assassinado em 1999, possivelmente como forma de vingança de seus testemunhos públicos em relação às atividades do IRA e em particular por seu testemunho contra Thomas Murphy (chefe-formador dessa organização).
BLAST THEORY
Grupo criado em Londres, Inglaterra, 1991
Baseado em Brighton, Inglaterra, desde 2005.
Internacionalmente reconhecido como um dos grupos mais ousados no uso de mídia interativa, Blast Theory cria formas inovadoras de performance e arte interativa que mesclam públicos pela internet, performance ao vivo e transmissão digital. Liderado por Matt Adams, Ju Row Farr e Nick Tandavanitj, o trabalho do grupo explora interatividade e os aspectos sociais e políticos da tecnologia. Indicado quatro vezes ao prêmio BAFTA, Blast Theory já mostrou seu trabalho na Tate Britain, ICC em Tóquio, Festival de Cinema de Sundance, Bienal de Veneza e Royal Opera House. O grupo também ganhou o Golden Nica de Arte Interativa no Prix Ars Electronica e o prêmio Maverick no Game Developers Choice Awards, nos Estados Unidos.
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O mês de junho de 2013 marca um momento político histórico do Brasil.
Após o aumento das tarifas do transporte público muitas pessoas articuladas (inicialmente) pelo MPL (Movimento Passe Livre) através das redes sociais, ocuparam as ruas com protestos para barrar o aumento da passagem.
As ruas eram tomadas dia após dia, e as reivindicações já não seguiam mais uma agenda. Dentro deste panorama foi criada nacionalmente uma estética de protesto, que continha em uma das suas marcas o recorrente uso de cartazes. Com mensagens das mais possíveis natureza, do engraçado ao aterrorizador, do libertário ao fascista e etc…
Esta utilização do cartaz como plataforma de disseminação ideológica, remetia o artista à construção de um pensamento de comunicação via internet e suas publicações feitas em 140 caracteres, pois em sua grande maioria eram frases curtas e de efeito, que propunham resumidamente grandes mudanças, quase sempre sem sair da superfície da questão.
Ao questionar estes pontos levantados, Kauê Garcia resolveu participar do 1º Grande Ato realizado em Campinas. A ação se caracterizou pela sua camuflagem na multidão empunhando um cartaz, que diferente das ideias apresentada nos outros, propunha uma reflexão por intermédio da dúvida.
Kauê Garcia
Vive em Campinas-SP e trabalha por onde passa.
Formado em Artes Visuais pela PUCC.
Participou de diversos salões e exposições de arte contemporânea. Como 44º SAC de Piracicaba-SP, 13º SNAI de Itajaí-SC, 14º SAMAP de João Pessoa-RN, 24º Mostra da Juventude SESC em Ribeirão Preto, e etc. Em outubro de 2014 integrará a 1º Trienal – Frestas no SESC Sorocaba-SP.
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Instalação participativa
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Type Stove é caracterizado pelas autoras como uma ‘instalação interventiva transitória’ que se constrói a partir de um arquivo de memória vivo. O arquivo, um pergaminho formado por folhas coladas umas às outras tem aproximadamente 18 metros de comprimento, e foi sendo construído coletivamente a partir das ações onde o projeto Type Stove aconteceu. O público participante é quem escreve no pergaminho da máquina de escrever. O arquivo de memória vivo foi construído através das intervenções realizadas pelas artistas Daniela Pinheiro e Patricia Camelatto do coletivo Kinguio CasaArtStudio em espaços urbanos e rurais realizadas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul ; com as temáticas: Alimente suas palavras; Putas Palavras (Daspu); A máquina e seus ruídos; Palavras Líquidas (sopa de letrinhas); Ouço passar o vento; Muda o que muda, passa o que passa? Palavras viajam, nos lançamos ao mar – Palavras Navegantes e Palavras Terra. O projeto é um esqueleto de fragmentos abertos, um processo criativo que não se esgota na realização de um objeto.
A instalação propõe um universo sonoro que se desloca no espaço expositivo, intercalando três texturas sonoras criadas pela compositora Kika Simone ao longo do processo do projeto. Uma mescla de ruídos de sons captados de diversos lugares que a máquina transitou; “são variações e texturas que procura nos inserir por onde as ondas fluem”, dizem as artistas.
A instalação interventiva transitória Type Stove montada no Projeto Multitude tem a temática: Milhares de gotas de água formam um rio, mas uma gota de água basta para começar o rio.
Crédito das fotos: Daniela Pinheiro
Kinguio é uma CasaArtStudio com sede na cidade de São Paulo. Trabalhamos com ênfase em arte contemporânea, poéticas visuais e outras demais expressões artísticas, humanas, ecológicas, intergalácticas que passam por nós como linhas fluidas que mudam de direção, que voltam, racham, nascem, cortam, entorpecem. Temos como proposta a intervenção transitória – onde outros participantes, artistas entram em ressonâncias, trânsitos, ruídos em processos coletivos de criação com a Kinguio CasaArtStudio e vice-versa. A Kinguio foi criada pelas artistas Daniela Pinheiro e Patricia Camelatto. Estar em movimento, em passagens, em viagens, em mapas, em ramificações de rios que chegam ao mar e se contaminam por milhares de expressões rizomáticas. “Criamos a partir dessas ramificações que nos transmutam”, dizem as artistas.
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Instalação
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Assemblages é um projeto de pesquisa audiovisual sobre Félix Guattari e sua revolucionária clínica psiquiátrica, ativismo político e ideias sobre ecosofia, e seu interesse em animismo, especialmente nos contextos brasileiro e japonês. A instalação apresenta trechos de documentários, filmes/ensaio, entrevistas de rádio e conversas com amigos e colegas de Guattari. Também há material sobre a clínica La Borde (França) e psicoterapia institucional, além do que foi produzido no Brasil no curso da pesquisa. Apresentado como um tríptico de telas de tamanhos diferentes, a instalação se refere a ideias de movimento e gravidade iminentes nas cartografias de arte animística e a conceitos do imaterial na arte asiática. Cada tela intensifica uma modalidade dos sentidos: visão, audição, leitura. A montagem do material de arquivo é concebida como um espelho ao conceito de assemblage de Guattari, também um tópico principal ao longo da instalação.
ANGELA MELITOPOULOS
Munique – Alemanha, 1961
Vive em Berlim, Alemanha.
Pesquisadora de artes baseadas em tempo (time-based arts), a artista realiza projetos de pesquisa com instalações de mídia, displays de still, performances de arquivo, documentários e peças sonoras desde 1985. Seus trabalhos em vídeo e pensamento filosófico são focados em mobilidade e na produção da subjetividade. Muitos de seus projetos experimentais trabalham a ação entre mídia, memória coletiva e formas de resistência postas em relação ao preceito de geografia formada por uma abordagem nomadológica. Desde os anos 1990, colabora com o sociólogo e filósofo Maurizio Lazzarato. Angela Melitopoulos estudou Belas Artes com Nam June Paik. Seus vídeos foram premiados e exibidos em vários festivais internacionais, exposições e museus: Generali Foundation Vienna; Bienal de Taipei; Festival de Cinema de Berlim; Fundação Antoni Tàpies (Barcelona); KW Instituto de Arte Contemporânea (Berlim); Manifesta 7, Centro Georges Pompidou (Paris); e Whitney Museum (Nova York). É professora na Academia Real de Belas Artes de Copenhague.
MAURIZIO LAZZARATO
Itália, 1955
Vive em Paris, França.
É sociólogo independente e filósofo italiano que vive em Paris, onde realiza pesquisas sobre trabalho imaterial, ontologia do trabalho, capitalismo cognitivo e movimentos pós-socialistas. É cofundador da revista Multitudes com o filósofo Antonio Negri. Escreve também sobre cinema, vídeo e as novas tecnologias de produção de imagem. Junto com o Grupo Knowbotic Research, elaborou o projeto IO_dencies/travail immatériel para a 48ª Bienal de Veneza, em 1999. Lazzarato participa de ações e reflexões sobre os “intermitentes do espetáculo” no âmbito da CIP-idf (Coordination des Intermittents et Précaires d`Île-de-France), onde coordena uma importante “pesquisa/ação” sobre o estatuto dos trabalhadores e profissionais do espetáculo e do mundo das artes, além de outros trabalhadores precários.
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Instalação
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A obra é um slideshow infinito alimentado automaticamente com imagens do Instagram. Produzido por grupos conflitantes, que utilizam as mesmas hashtags, perfomatiza uma batalha de linguagens entre a turba e a multidão. Sem loop, nem volta. http://www.desvirtual.com/multitude
GISELLE BEIGUELMAN
São Paulo – Brasil, 1962
Vive em São Paulo.
Midiartista, professora da FAU-USP e coordenadora do curso de design dessa instituição. Seu trabalho inclui intervenções em espaços públicos, projetos de rede e aplicações de arte móvel, exibidos internacionalmente nos principais museus de arte e mídia, como ZKM (Alemanha), Callit2 (UCSD, EUA) e Centro Pompidou. Foi curadora do Nokia Trends, Fiat Mostra Brasil, III Mostra 3M de Arte Digital e Diretora do Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia. Recebeu vários prêmios, entre os quais The Top 50 Best (International Media Art Award, ZKM/ SWR).
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Instalação com dobraduras de papel
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Sopro reúne cataventos de dobradura de papel, em que foram impressas imagens retiradas da internet de aglomerações mobilizadas pelo movimento Passe Livre em 2013. A artista cita Anaxímenes de Mileto (cerca de 585-528/5 a.C), que dizia que uma só é a natureza subjacente: o ar. Também ele faz eterno o movimento pelo qual se dá a transformação. O catavento configura quatro triângulos nas extremidades; o triangulo é uma forma geométrica indivisível, como qualquer individuo; e a imagem do catavento faz lembrar uma pessoa em movimento.
A instalação apresentada em Multitude inclui a participação do público, colocando à disposição instruções da dobradura e papéis impressos para confecção de novos cataventos.
Sueli Espicalquis
Araçatuba, SP – Brasil, 1955
Vive e trabalha em São Paulo.
Formada em Matemática e Direito. Estuda Arte Contemporânea com Carlos Fajardo. Foi aluna de Paulo Whitaker, Charles Watson e Paulo Pasta. Desde 2006 participa de exposições em salões de arte, museus e espaços culturais.
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Vídeo-documentação e fotografia digital
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O fotógrafo Sérgio Silva perdeu a visão do olho esquerdo em decorrência de um tiro de bala de borracha disparado pela PM Paulista, durante os protestos no dia 13 junho de 2013 – enquanto trabalhava cobrindo as manifestações. Este dia, foi marcado não só pela violência policial sofrida por ele, mas também por vários outros manifestantes e jornalistas que acompanhavam o protesto.
Piratas Urbanos apresenta fotografias de pessoas usando um tapa-olho. Entre os retratados estão amigos, pessoas famosas e desconhecidas que tomaram conhecimento e se solidarizam com a história do fotógrafo.
A série de retratos tem continuidade na exposição Multitude através do dispositivo ao lado, que permite que o público possa fazer uma foto na condição de um Pirata Urbano contra a repressão.
Sérgio Silva
São Paulo, Brasil
Sérgio Silva teve a carreira profissional iniciada no ano de 2010 quando a fotografia deixou de ser apenas um hobby e passo a desenvolver meus trabalhos ligados a atividades culturais e sociais. Segundo o fotógrafo, “a ideia surgiu como uma forma de protesto contra a violência que sofri. O que eu poderia fazer para superar o trauma? A fotografia mostrou a existência de um caminho possível.”
A exposição Piratas Urbanos realizada junto ao Coletivo Digital deu origem à proposta enviada por Sergio ao Multitude e pode ser acessada aqui.
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Performance
Dia 07 de agosto, quinta, às 19h
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Performance Live ArTe: Obra- Player: WorKFrames: 0 , – 1 : A Multitude em sua errância máxima: personagens em derivas pela cidade e o cyber-espaço entre a multidão e suas linhas de fugas: O chão do Chão o AsfhaltO Carne doZ Resíduos SubjectyvoZ ::: valVulataBraZa\ O neo concretyzmo caboclo Yndyo das Ruaz .•\| o surrealismo concreto \•’ o Ello do parayzo enTerradO / Jardynz Vertykayz•’ o Sol Kume _•:: A Deriva::vertyCe ‘ o rysCo poeZyA .-” em VeNtry kraVaDo _•’ GrafoZ VyAz \•’_• Yryz _.• o Ninho possível_vivível :::.• o CroMa CinZa /RozA \’ _• a rua peLle ::: O Horror de sua ficção:: O Terrorismo do Real e A Cidade Excluída _! A guerrilha do vício _ zonas em movimento _ __Lata de Fogo__GAZA::: A tomada nômade na estratégia alucinatória desordenada constante intensiva _ para sub-viver _ viver-se _ no Escarro do luxo _ Triturado _ _ migrados da tela _A real alucinada da vertigem de sub-viver nas bordas ___por que não poderia ser o paraiso viver na orla urbana? _ Mover-se –dormir de dia __ deitar na cidade __sujar-se _ não trabalhar _ _ drogar-se _ comer _ beber _ deslocar-se__abrigar-se__ Derivar-se Na Fome de Tudo__ Anorexia é política__ no Lixo da sub-vida !_ No luxo da tua tela__ A boca da Rua come de Tudo! o que está fora ? quais são as novas interfaces tecnológicas, coletivas, cognitivas, sensitivas, arquitetônicas, performáticas que nascem desse encontro entre o não lugar e um suposto centro ? Como colocar em contato o fora e o dentro? o sentido e não -sentido? o conjunta e sua não parte? o sim e o não ? como experimentar novas ambiências de Multitudes e invenção do comum ? O que a desterritorialização da arte pode inventar no vácuo da inflação política da representação ?
Ficha técnica:
Players: Pedro Paulo Rocha, Serguei Dias, Delia Marinescu e Marian Franzese
Roteiro (3 dias)
Primeiro Dia:
Deriva Cidade WorK FrameS :::: 24 Horas Ininterruptas/ intervenções urbanas e virtuais
Segundo Dia:
Lab Multitude – 1
Terceiro Dia:
Performance Live Arte Teatro Hacker – 1
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14′, 16 mm, cor, sem som (1974, exibida em 1976)
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De um ponto de vista elevado, a câmera observa, mediante sete tratamentos ópticos diferentes, uma multidão reunida em Quito. As pessoas esperam para ver uma imagem de Cristo cujo rosto, dizem, se parece com o de Che Guevara.
LEANDRO KATZ
Buenos Aires – Argentina, 1938
Vive em Buenos Aires.
Artista, escritor e cineasta argentino, conhecido por seus filmes e instalações fotográficas. Suas obras incluem projetos de longa duração, que abordam temas latino-americanos incorporando a pesquisa histórica, a antropologia e as artes visuais. Produziu 18 livros (entre eles, livros de artista), e 17 filmes narrativos e não narrativos. Seu ensaio documental El Día que Me Quieras (1997) recebeu o Prêmio Coral no Festival de Cinema Latino-Americano de Havana, entre outros. De 1965 até 2006 viveu em Nova York, onde conduziu atividades acadêmicas e criativas. Sua mostra Arrebatos, Diagonales y Rupturas foi exibida recentemente no Espacio Fundación Telefónica, na Espanha, com curadoria de Bérénice Reynaud.
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Documentário – 54’25″
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Na periferia de Buenos Aires, duas construções dialogam a partir de certas coincidências. São elas: a cidade esportiva La Boca e o parque de diversões Interama. Atualmente em ruínas, ambos foram criados como espaços de dispersão e lazer edificados por distintas ditaduras. Entre os diversos aspectos trazidos pelo documentário, podemos ver o que resta no entorno dessas construções, bem como os assentamentos e vilas habitadas por milhares de famílias, imigrantes e indigentes.
MARTIN M. OESTERHELD
Buenos Aires – Argentina, 1974
Vive em Buenos Aires, Argentina.
Artista visual, integra o staff do Laboratorio de Investigación en Prácticas Artísticas Contemporáneas (LIPAC) da UBA/CCROJAS. Seus trabalhos recentes incluem La Multitud, longa-metragem documental, apresentado e premiado em vários festivais internacionais; Ricky y El Pájaro, palestra performance, CCGSM, Buenos Aires; e Tránsito, HD video EME3 / CCCB, Barcelona.
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Coreografia
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“Coreografia para prédios, pedestres e pombos” é uma colaboração entre a coreógrafa Dani Lima, a cineasta Paola Barreto e uma equipe de artistas e técnicos. O trabalho se desenvolve através de uma série de intervenções coreográficas camufladas, realizadas por 11 bailarinos nas imediações do Largo do Machado. A performance é uma “composição em tempo real”, na qual os bailarinos seguem uma série de diagramas de movimentação, previamente ensaiados, mas compõem somente no instante da apresentação uma partitura coletiva, em interação com os pedestres, a arquitetura e as situações imprevisíveis do momento. Os movimentos resgatam ações ordinárias, como o gestual urbano cotidiano e os fluxos de tempo dos pedestres, de forma que os bailarinos misturam-se aos “ocupantes” da praça, confundindo a distinção entre quem está ‘atuando’ e quem está ‘vivendo’.
As intervenções, que ocorreram entre setembro e dezembro de 2010, foram gravadas em vídeo, constituindo um imenso banco de imagens do cotidiano do bairro. A vídeo-instalação apresentada no Multitude reagrupa parte destas imagens, produzindo novos arranjos coreográficos.
Criação
Concepção e direção Coreografia: Dani Lima
Concepção e direção Videoinstalação: Paola Barreto
Intérpretes-criadores:
Alice Ripoll
Ana Pi
Átila Calache
Eléonore Guisnet
Gimena de Mello
Ibon Salvador
Juliana Medella
Luar Maria
Luciana Chieregati
Thiago Gomes
Tony Hewerton
Assistência de Coreografia: Laura Samy
Assistência de Vídeo: Lucas Canavarro
Edição de Vídeo e Coordenação de Pós-produção: Alexandre Antunes
Trilha Sonora e Engenharia de Som: David Cole
Câmeras: Thiago Britto, Guilherme Guerreiro, Andréa Capella e Valentina Homem
Pesquisa: Poliana Paiva
Direção Técnica: Carlos Alexandre Moraes
Rede Wi-fi: Felype Bastos
Direção de Produção: Verônica Prates
Produção Executiva: Isa Avellar
Paola Barreto (Rio de Janeiro/ Brasil) é artista e pesquisadora. Seus trabalhos exploram as relações entre corpo, espaço e imagem, e desdobram-se entre filmes, vídeos, instalações e intervenções urbanas. Como cineasta realizou trabalhos reconhecidos internacionalmente e exibidos em mais de 20 países, recebendo diversos prêmios e incentivos, dentre os quais destacam-se Kultur Multiplikator – Goethe Institut Berlin; Université d’Été -FEMIS, Paris; Rumos Transmídia e Rumos Cinema e Vídeo Itaú Cultural – SP, Brasil. Em 2009 concluiu o Mestrado em Tecnologia e Estéticas (UFRJ) com o trabalho “Composição para circuito de vídeo-vigilância”. Atualmente cursa o Doutorado em Artes Visuais (UFRJ) com a pesquisa “Cine Fantasma”, série de intervenções urbanas apresentada em São Paulo, Fortaleza e Juazeiro do Norte.
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Final da exposição: 10 de agosto
O SITE MULTITUDE CONTINUA
CABINE DE DEPOIMENTOS
EXPANSÃO
A multidão está engajada na produção de diferenças, invenções e modos de vida. Deve, assim, ocasionar uma explosão de singularidades. Essas singularidades são conectadas e coordenadas de acordo com um processo constitutivo sempre reiterado e aberto. Seria um contra-senso exigir que a multidão se torne a “sociedade civil”. Mas seria igualmente ridículo exigir que forme um partido ou qualquer estrutura fixa de organização. A multidão é a forma ininterrupta de relação aberta que as singularidades põem em movimento.
Trecho extraído das questões de Nicholas Brown e Imre Szeman a Michael Hardt e Antonio Negri. Leia na íntegra >
Certos termos, ao serem praticados, falados ou escritos por diferentes públicos, adquirem significados diversos, não restritos aos dicionários tradicionais. No glossário propõe-se a construção coletiva dos diferentes significados possíveis de algumas palavras relacionadas ao projeto Multitude.